sábado, 8 de maio de 2010

Nada atrás de mim, tudo à minha frente, como sempre acontece na estrada.

Adios

sábado, 10 de abril de 2010

Mal amadas? Será?

Quando Lily Allen fez seu show na Via Funchal em setembro do ano passado, o que me chamou atenção foi o preço das entradas, que variava entre R$180 para pista normal e R$280 para pista premium. Mas isso não pareceu intimidar seus fãs, que compareceram em peso e fizeram com que a cantora desabafasse em seu twitter: "Sao Paulo, best gig ever".
It's not me, it's you, seu segundo álbum lançado em 2008-09, já vendeu mais de 3 milhões de cópias. Qual será o segredo da turnê?
Bom, espaço para música pop nesse mundo sempre se arruma, só que o pop sexy está meio fora de moda. O que fazer? Lily soube bem aproveitar a deixa e o uniu ao seu jeito desleixado e debochado.
Em seu último disco, a inglesa se mostra desiludida e entediada com os rumos da vida e do mundo. Mas suas melodias nada tem de melancólicas. Lily sabe cantar docemente os desencantos, como nos versos de 22: There's nothing to do and there's nothing to say/Til the man of her dreams comes along picks her up and puts her over his shoulder/It seems so unlikely in this day and age.
The Fear, o primeiro single do álbum, pode ser a trilha sonora de muitas jovens, cansadas de suas próprias futilidades adolescentes.
Mas boa parte do público da inglesa está ali para cantar outro tipo de hino: o it's not me, it's you! Elas cansaram de se culpar, de procurar defeitos nelas mesmas, o problema está em você, menino bobo! Yeah, girl power do século XXI!
Agora é pura especulação hein, mas não duvido que 67% de seu público seja do sexo feminino e que 65,3% da mulherada esteja na fossa. Quer dizer: estavam! Com a Lily elas superaram, pois agora sentem alívio por estarem solteiras: Since you've gone I feel like I've gotten older/And now you've gone it feels as if the whole wide world is my stage/And now you've gone it's like I've been let out of my cage (I could say). O tempo e a distância também ajudaram-nas a perceber que there's nothing cool about you at all. Liberdade, enfim!
Não sei bem quais os estágios da fossa, mas fazer piada do sexo masculino com certeza é parte do processo, e o que seria Not Fair senão uma satisfação imensa disfarçada no cantar a injustiça que é ter um homem "quase" perfeito. Tudo ia bem, o cara era um fofo, maduro, carinhoso, bonito, porém, e que porém...: he never makes me scream! It's not fair! Pegar no ponto fraco, boa sacada, Lily.
E o show? Consigo imaginar as ex-sofredoras gritando, a plenos pulmões, "Fuck you, very, very much!" para todos os homens que as machucaram, pouco se importando se a composição foi feita para o George W. Bush.
E, coincidência ou não, Lily e seu namorado terminaram em 2008.
Parece patético? Coisa de mal amada? Só se for levado a sério, o que nem a própria Lily Allen faz.

Mal amada também muitos disseram sobre a artista francesa Sophie Calle após sua mais recente (mas nem tão recente assim) exposição Cuide de você. Para quem não lembra, Grégoire terminou com Sophie por email, concluindo a carta com um Prenez soin de vous (se cuide). A artista, desolada, resolveu seguir o conselho e fez da fossa sua inspiração: mostrou o email para 107 mulheres interpretarem da forma que lhes conviesse e dessas interpretações a francesa tiraria criatividade para fotos e performances que fariam parte de sua exposição.
"Puro revanchismo", afirmam uns. Porém, nada tem de vingança, nem de irritabilidade e, acredite, de cômico. O que se pôde notar no Sesc Pompeia em São Paulo é que era um espaço bastante tranquilo, onde se podia observar fotografias profissionais (fenômeno atípico da artista, inclusive) e performances e danças exibidas em teves de altíssima tecnologia.
Sophie Calle sempre optou pelo inusitado e foi reconhecida pela originalidade (a fotógrafa que seguiu um estranho pela Europa e também foi seguida enquanto fotografava - tudo amador), e assim é Cuide de você.
Um guia da exposição perguntou a mim e as minhas amigas se achávamos a manifestação feminista ou feminina. Todas responderam feminina. Não é rancor que vemos ali, não há intenção de juntar mulheres para exterminar os homens do mundo. Não estamos ali sequer para interpretar a carta ou a atitude da fotógrafa. É feminina porque compreendemos sua dor bem mais que os homens, é óbvio. Mas o essencial mesmo é a sensibilidade, e isso independe de sexo.
A polêmica da obra de Sophie foi uma das chaves para o seu sucesso de público, mas também limitou os questionamentos a por quês irrelevantes e conduziu julgamentos mais do que desnecessários.
Mas ok, já passou, o ex casal já até participou da Flip, sem maiores constrangimentos.
E falando em Flip, o que será dessa sem Sophie&Grégoire e Chico Buarque? Temo pelos pobres iraniana e israelense.

Ao som de: Please, please, please, let me ge - The Smiths

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Coelhinho apareceu em 2010 :)

Meu pai é bem engraçado. Ficou uns bons anos sem me dar ovo da páscoa e eu já havia me conformado. Mas eis que 2010 me reserva boas surpresas (já falei que esse é o meu ano? haha) e tive uma surpresinha nesse domingo de abril: um ovo. da hello kitty. que vem com brinquedinho. que tive que tirar foto pra por aqui hahaha (alguém arruma alguma coisa pra eu fazer? socorro)

(tem um negócio ali atrás que vc gira pra dar corda pro bambole ficar girando)
:D

***

Estou um pouco receosa com o próximo filme do Woody Allen. O que ele quer da Carla Bruni, afinal? Tá certo que ela tem uma voz deliciosa e é linda, mas desconheço seu talento como atriz. Fico entre a possibilidade de ela surpreender e a de ser mais um filme mediano do diretor. Acabo pendendo pra segunda :/. Sei que posso estar sendo injusta, mas dizem que é sempre bom desconfiar (ou, pelo menos, confiar desconfiando). Sobre o roteiro, por enquanto é só mistério. Um outro filme dele que tem previsão de lançamento pra outubro desse ano (nos EUA, claro) é o You Will Meet a Tall Dark Stranger, uma comédia romântica com o Antonio Banderas. O Whatever Works, estreado em 2009, pasme!, nem chegou em Bauru, e até agora não me animei a baixar. Acho que cansei um pouco.

Cansada também já estou de Alice do Tim Burton. É overdose de Alice: livrarias, revistas, rodinhas de conversa (sendo nesse caso pura especulação, o que é também uma chateação)... Até lembraram que um tal de Dali ilustrou uma versão do livro hehe (algumas aqui). Tenho vontade de bater o pé e nem ir ao cinema, mas filmes assistíveis são raros por aqui e preciso deles como pretexto pra comer pipoca hehe. E além disso tenho que prestigiar o Johnny (L). Maaas isso não é um pré julgamento, é uma falta de entusiasmo. Quando o filme estrear em Bauru, eu, minha pipoca e minha coca cola estaremos na fileira 9 do multiplex. Aí se eu tiver alguma coisa pra falar sobre ele em si, eu falo.

domingo, 4 de abril de 2010

Ando chatinha...

...meio perdida num vácuo entre um passado e um futuro, que não é amanhã, nem depois, tá tão longe e tão incerto que nem deveria valer a pena ansiar assim por ele. Fico procurando razões fora de mim, fora do meu espaço. Acho que não é bem por aí. Uma vez assisti House e uma paciente disse a ele um lance batido na teoria, mas que acaba sendo meio difícil de por em prática: a vida é feita de quartos e das pessoas que estão ali dentro naquele momento.

Sei lá por que senti vontade de ler Rubem Alves hoje e encontrei ele citando Bernardo Soares:

Fui viajar. É bom visitar outros lugares, ver coisas diferentes, ter novas experiências. Viajei leve, pouca bagagem. Mas os meus pensamentos foram comigo. Gostaria de tê-los deixado em casa, para ver se eu mudava de assunto, se eu ficava diferente. Mas não há jeito de deixá-los em casa. Disse o Bernardo Soares: “De que me adianta ir até a China se não consigo desembarcar de mim mesmo? Quem cruzou todos os mares cruzou somente a monotonia de si mesmo. As viagens são os viajantes. A vida é o que fazemos dela. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos."

terça-feira, 23 de março de 2010

meet me in Montauk

It's all wrong
It's all right
It's all wrong

All I need - Radiohead
putz, o piano nessa música é demais...

1 aninho ontem :)

sexta-feira, 19 de março de 2010

vodca, lágrima, café

mañana, uma palavra adorável que provavelmente quer dizer paraíso

terça-feira, 16 de março de 2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

"Rasgou o corpo do poema..."

Acabou todo o tempero
E o cheiro quente
De amor
Desfez-se todo respeito
E o peito
Que me perturbou

Desmanche - Sobrado 112

domingo, 7 de março de 2010

Won't stop to surrender :)

O que Vanilla Sky tem em comum com Woody Allen? Bom, ambos concordam que embora a realidade seja miserável, é nela que podemos comprar comidas chinesas, e sem o amargo, o doce não é tão doce :)
É, fera, a vida vale a pena mesmo!
Uma vez escrevi aqui que as experiências adquiridas não te impedem de ir, repetidamente, de encontro com a parede. Como diria Kundera, nunca podemos conferir se a opção feita foi a mais adequada, e as hipóteses não verificadas serão sempre um assombro. Mas, se as experiências não ajudam a prevenir, também não servem para limitar! A palavra trauma foi muito banalizada, acho que, na maioria dos casos, as pessoas só precisam de um tempo para perceberem que o que chamavam de trauma não passava de uma dorzinha e um receio de nunca mais. Bom, mais uma vez Kundera (e o Manoel Carlos): cabe a nós viver um esboço ou viver a vida.
Os filmes do Sam Mendes são perturbadores porque apontam uma saída iminente para todos nós: decepção, apatia, conformismo, os mortos que jantam. E essas sensações são inevitáveis mesmo, não é possível ser alegre o tempo inteiro - mas precisa sofrer dessas dores até o fim? Será mesmo ingenuidade acreditar, como Tracy, em Manhattan, que é fundamental ter fé nas pessoas, na vida?
Tenho pensado que pintamos demasiadamente as complicações que nos aparecem. Concordo com Kerouac quando ele diz que "seres humanos semeiam com problemas sua própria terra". Por isso, acredito na relativa capacidade que o homem tem de controlar sua mente. Talvez caiba mesmo a nós tornar nossa história um roteiro adaptado do Sam Mendes ou um do Domingos Oliveira; escolher o nosso lado de Melinda e Melinda.
Hoje eu opto pelo Domingos, talvez num momento de desolação eu opte por outro, mas é assim mesmo, "cada minuto é uma nova chance de mudar tudo de novo", repete tantas vezes Sofia Serrano. Que dirá repensar tudo de novo.

Eu quero por Motion Picture Soundtrack num filme.
Ao som de: Motion Picture Soundtrack - Radiohead

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um monte de assunto desconexo

Esse tal de Joseph Campbell me deu uma boa atormentada e olha que só li trechos de O Poder do Mito. Ele diz que para conhecermos um autor, apreendermos verdadeiramente seu estilo e conteúdo, precisamos devorar suas obras, uma atrás da outra, e só depois buscar os autores referenciados. Isso requer tempo, mas mais do que tempo, dinheiro, quando não se pode contar com uma biblioteca decente na sua universidade. A cada vez que desobedeço a ordem, ouço seu “tsc tsc” e imagino a decepção estampada em seu rosto. Eu sei que ele está certo e só fala isso para o nosso próprio bem, mas tem horas que fica difícil, afinal tenho que bancar umas cervejinhas no ricks também né HA. Pra não dizer que sou toda rebelde, posso ticar um livro lido do Kerouac, acabei de comprar On the Road (o manuscrito original, e não o pocket, como me recomendaram) e tem mais dois na lista de encomenda.

Hoje estou feliz e resolvi postar porque meu querido amigo me deu a notícia mais linda de todas: Cat Power não tocará em maio só no interior do Estado. O Bourbon Street (Moema) recebe um show dela “das antigas”, voz e guitarra descontrol, no dia 25 de maio. Cat Power deve tocar do mesmo modo em Porto Alegre, também, em data a confirmar., na coluna do Lúcio Ribeiro. Ninho, aonde quer que vc esteja, vc viu isso? Haha. Não dá pra perder! Será que ela canta Werewolf pra mim? Poxa, tá em alta essa música, tem até no Abraços Partidos (que por sinal, não gostei, salvo a cena da Penelope Cruz experimentando perucas e feições e, claro, o momento que minha musa dá o ar da graça).

E olha só também: Nouvelle Vague no Brasil - Cante aquela canção. A mais famosa banda de covers do planeta, o coletivo francês Nouvelle Vague, se apresenta no país em três datas no final de abril: dia 29 no Clash, em São Paulo, dia 30 no Circo Voador, Rio, e dia 1º de maio no Mercado Eufrasio Barbosa, em Recife. Entre os sucessos remodelados com uma certa “pegada autoral” No último disco, “3″, lançado em 2009, estão “Blister in the Sun”, do Violent Femmes, e “God Save the Queen”, dos Pistols, tb na coluna do Lúcio. Imagina que incrível o show no Circo Voador? Ah que coisa linda...

Sem falar do Jorge Ben em Bauru nesse mês... Marilu e Char venham pra cááá!

Bom, juro que isso não se configura em traição, mas estou apaixonada pela Feist. Let it die (2004) é demais (principalmente when I was a young girl) e Monarch (1999) é ainda mais foda.

The mast - Feist

Found a place where I can be
All the things I want you to see
Take my hand into your hands
'Cause I come to you from another land

And I don't need to know your favourite artist's name
And I don't need to know what woman's felt the same
And I don't need to see you every single day
But I'd like to

Break my heart back into place
'Cause I've come to understand you more lately
And I've found a man inside your chest
Some will tear him up and I'll lay him some rest
Rest

And I don't need to know the details of your past
And I don't need to know when you thought of me last
And I would have to say if I'm the sail then you're the mast
And we've caught a good wind, the mast

Because you know me more than any before
'Cause you found the clues between me and you
You know me more than any before
'Cause you found the clues between me and you

Ao som de: Onliest - Feist

aproveitem pra ouvir tb :)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A amorosa

No dia em que for possível à mulher amar em sua força, não em sua fraqueza, não para fugir de si mesma, mas para se encontrar, não para se demitir, mas para se afirmar, nesse dia o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte da vida e não perigo mortal.

O segundo sexo - A experiência vivida
Simone de Beauvoir

sábado, 23 de janeiro de 2010

E nem estou sendo paga por isso...

hehehe

mais Cantautores...

Miro em preto e branco a minha cara
E meu espanto se resvala
Por entre as frestas destes olhos meus
Amo terrivelmente a minha sina
E nessa rua em cada esquina
Há uma garganta a me chamar assim...

Cante o irreparável dos contextos
Alise os meus cabelos crespos
Quem sabe assim eu possa então sorrir
Canto, e o preto e branco se transforma
Vai sustenindo dentro d'alma
E colorindo se sorri pra mim

Só se você sorrir pra mim
Até você sorrir pra mim

Preto e branco - Cantautores de Ilhona

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fim de semana de shows!

Os cuiabanos do Macaco Bong foram os escolhidos para abrir o Festival Alto Verão em São Paulo que acontece no Auditório Ibirapuera (Niemeyer, muito obrigada!). O trio instrumental que conta com Bruno Kayapy na guitarra, Yaniã Benthroldo na bateria e Ney Hugo no baixo dividiu o palco com [hehe licença para o copia e cola]: Vitor Araujo (piano, escaleta e metalofone), Siba (rabeca), Jack, da Porcas Borboleras (percussão), e quatro integrantes do Móveis Coloniais de Acaju: Esdras Nogueira (sax barítono), Beto Meija (flauta), Alexandre Bursztyn (trombone) e Paulo Rogério Santos (sax alto). E como foram felizes na seleção! A parceria funcionou perfeitamente dando uma cara nova às músicas do primeiro disco da banda, Artista Igual Pedreiro (2008). Para quem já curtia o som do Macaco Bong, o show foi um puta presente; para quem não conhecia ou não é muito chegado em banda instrumental \o, a apresentação foi surpreendente. Embora o público estivesse sentado, o clima no auditório era de intensidade. O grupo fez um espetáculo para os ouvidos, sem deixar os olhos carentes: cada integrante tinha uma performance singular seduzindo os ali presentes.
Vou tentar colocar o link da música que me extasiou, com a introdução de Vitor Araújo no piano (ele é bem baixinho, eu vi de perto hehe) - reparem como é impressionante o cara tocando. O mais pirado disparado é o Jack mesmo. O final das músicas era quase sempre um caos, o que dá a impressão de improviso, mas me disseram que é ensaiado mesmo hehe.

De volta à Taubaté, fui ao Teatro Metrópole assistir a shows intencionados a angariar fundos para ajudar na reconstrução de São Luiz do Paraitinga. Me atrasei ihihi, mas cheguei a tempo de pegar o show inteiro, porém curto, da banda Os Ilhonas. O grupo chegou a fim de acabar com a mansidão do samba do Maroca (banda que os antecedeu) e do antigo disco (Pop Gran Circo Afro Brasil, 2006). O disco de estréia da banda - que até então era um trio de basicamente vozes e violão (Toninho Matos, Teteco dos Anjos e João Mauro) chamado Cantautores de Ilhona - em nada se assemelha ao novo, senão na qualidade da poesia de Toninho e Teo. O contraste do samba do Pop Gran com o novo álbum (que nem me arrisco a tentar definir) é gritante, fator que tem dividido opiniões. A nova formação dos Ilhonas conta atualmente com Toninho Matos (voz e violão), Teteco dos Anjos (voz, violão e percussão), Ariella (voz, violão e guitarra), João Ambrogi (guitarra, violão), Tiago Aguiar (contra baixo), Juliano (bateria) e o mais recente ilhona, Feijão (trombone), e se reconstrói com a benção do senhor Caetano Veloso, amigo e prestigiador da banda. A gravação do cd foi finalizada hoje, o que significa que logo menos estaremos com o produto em mãos! Oba! O show mesmo com apenas quatro músicas foi muito bom e bem diferente dos ensaios disponibilizados no youtube, contando com a energia a mais do trombone de Feijão e da performance do apreciador de holofotes, Teteco dos Anjos. Os atrasos durante o dia acarretaram em problemas no som (mal dava para ouvir a letra das músicas das bandas, pois não houve tempo para a passagem de som) e frustraram aqueles que esperavam muito mais do que quatro músicas das três últimas apresentações (Os Ilhonas, Copacabana Café e A Tropa - esse eu nem vi). Mas tá valendo. Vamos ao próximo.

Copacabana Café é, por enquanto, só um potencial de banda regional boa. São bons quando tocam o samba rock, gênero que se classificam, porém, às vezes, eles mesmos se esquecem disso e partem para um hard corezinho barato, aí não dá, né. É difícil afirmar muita coisa, pois assim como Os Ilhonas, eles tiveram tempo para tocar apenas quatro músicas, mas em duas delas eles decepcionaram. Há ainda bastante imaturidade no som, na performance e na letra. A cantora, Rita Oliva, assumidamente nervosa, acabou por se destoar do restante do grupo, arriscando apenas umas caras e bocas. Falta-lhe ainda um pouco de personalidade em sua voz. Mas arrisco dizer que estão num caminho certo. O myspace, bastante diferente do que foi o show, me lembra muito Mombojó. Os vídeos que deixaram disponíveis no espaço dão uma ideia melhor da apresentação de domingo.


*e não é que deu certo esse negócio de hiperlink? uhuhu que beleza hehe

sábado, 16 de janeiro de 2010

Quanto tempo levo de São José dos Campos até Jundiaí?

A próxima edição da Virada Cultural Paulista, versão estadual do evento feito semanas antes na capital de São Paulo, poderá agregar a norte-americana Cat Power, o franco-espanhol Manu Chao e o francês Yann Tiersen no line-up.
Os três artistas, todos com passagens prévias no Brasil, tocariam em shows gratuitos, conforme ideia-base do encontro cultural de 24 horas seguidas - que este ano ocorrerá entre os dias 22 e 23 de maio. A informação é da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Cat Power, que na época do show terá feito um ano desde sua última apresentação no estado, tocará em São José dos Campos, às 17h do dia 22, um sábado, e no mesmo dia em Jundiaí, às 22h30, confirmou a Secretaria Estadual de Cultura ao portal IG.


http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/cat-power-tocara-de-graca-na-virada-cultural-paulista/

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Linda, linda...

As ruas estreitas espreitam
As minhas, as suas andanças
No trânsito louco, na troca dos roucos, bate-boca
No leito da rua, tão nuas e cruas tem duas crianças
E a gente se engana com tristes e ocas palavras tortas

Por favor entenda que eu quero viver em paz
Mas não sou capaz de viver sem você, meu amor

Você é bonita quando grita e quando faz silêncio
Já não me aguento ficar um minuto sem a sua fala
Mas, se for um insulto, cale a boca de toda palavra louca, cala
Porque é mau o efeito que causa esse seu grito
Por favor antes que essa peça trágica vire mágica, pantomima
Me leve hoje pro seu quarto, que a gente se rima

Pantomima - Cantautores de Ilhona
(Toninho Matos/Dirceu Setti)

E não me interessa se vc já está cansado de LH

Bloco do Eu Sozinho canta o fim do baile, o nascer do dia, as pessoas acordando ainda meio bêbadas, entre fantasias rasgadas, garrafas derrubadas pelo chão, confete e serpentina desbotados pela mistura indecifrável de líquidos espalhados pelo chão. Canta para os vários solitários que atravessaram a noite inteira entre flertes e sorrisos e acabaram sem par como vieram. Mas agora eles estão amarrotados, suados, usados, borrados. O final de um baile de carnaval sempre vem mostrar para cada um de nós quem realmente somos. A fantasia cai tão pesada quanto a realidade que, indefectivelmente, é triste.

Até eu não lembro a última vez que botei Los Hermanos pra ouvir, mas achei isso bonito.